
É impossível dizer quantos dos que sofreram eutanásia tiveram resultados falsos positivos (Foto: Pxhere)
Pesquisadores estão percebendo que não há evidências o suficiente sobre a confiabilidade dos testes
O cachorro Bacon, mistura de Retrivier, passou por um teste comportamental num abrigo de animais nos Estados Unidos e falhou. A veterinária comportamentalista Sara Bennett colocou uma mão de plástico no pote de comida e puxou o alimento. Instantaneamente, Bacon pegou e mastigou a mão de plástico.
Abrigos de animais vêm usando esse e outros exercícios por 20 anos para saber se um cachorro é seguro o suficiente para ser adotado. Para os cachorros, isso é uma questão de vida ou morte, literalmente. Já que aqueles não passam podem sofrer eutanásia.
Mas agora, pesquisadores, incluindo alguns dos que desenvolveram os testes, estão concluindo que eles não são provas o suficiente pra dizer se o cachorro vai ser ou não agressivo em casa.
Apesar da taxa de eutanásia estar em baixa, a Sociedade Americana para Prevenção da Crueldade contra Animais (ASPCA, na sigla em inglês) diz que a cada ano 670 mil cães vão para o corredor da morte.
É impossível dizer quantos dos que sofreram eutanásia tiveram resultados falsos positivos. Apesar de raros os casos, também há falsos negativos. Em dezembro, um cão chamado Blue passou no teste em Nova York. Ele tinha sido detido por ter mordido uma criança. Em 31 de maio foi adotado; horas depois, atacou e matou uma senhora de 90 anos.
Donos de cachorro, provavelmente, não vão puxar o porte de comida de um cachorro enquanto ele come. Mas os abrigos se preocupam com crianças.
Os funcionários do abrigo queriam salvar Bacon. Mas não estavam conseguindo achar uma família adequada para ele. Depois de semanas de espera, o Linda’s Camp K9 que também resgata cães, tomou conta de Bacon. Em seguida, ele foi adotado por uma família sem crianças.
Fonte: Opinião e Notícia